mardi 19 mai 2009

Fluxo imprevisto



Solidão do Grande Terror embalsamado na invisível aura da contingência vital, material, terrena. Despreparo de uma ignorância daquilo que não se pode nomear fragmenta as imprescindíveis ligações de coerência, sintática e semântica no despencar da linguagem semiótica, fraturada no âmbito de implacável desolação.

Não, não é um terror em si como se pensa ou entende, mas sim o lapidar espiritul absorvendo uma miríade de ondas energéticas cuja potência esfacela o que se poderia perceber como um ser humano.

O Anjo-Mestre em seu alado corcel deslizante por entre as nuvens do insigne céu, de azul perfumado, a acalentar as mais nobres almas, desfila com destreza inigualável.
Uma visão esplêndida daquela entrada majestosa e janota da passagem do Anjo enquanto as nuvens em azáfama vão cedendo espaço para o elegante ser, glorificando a cena do surgimento de resplandescente personalidade.

Borbulhas de ar, quebrando como bolas de sabão, saem na ânsia pressurosa do coração arfante e inflamado. Espera-se, no entremeio do devir de mistério e transcedência, qualquer panacéia que abrevie a insustentável condição de inoperantes trejeitos convencionados pela impostura desajeitada daquela existência por demais alienada.



Chovem ruidos na carência táctil
Cria-se no desespero do viver

O dispositivo que protege e alivia
Sem quatro mãos alegria sucumbiria

Todavia o cosmos é fértil e expansivo

Possibilita no inaudito encontro

Das fantasmáticas mãos de sabedoria

O esvair dum conteúdo cambiante

E dançante na mágica sintonia
Do rodopiar de letras, energias, harmonia