jeudi 20 novembre 2008

AS MÁQUINAS DESEJANTES



O passeio do esquizofrênico: é um modelo muito melhor que o neurótico deitado no divã. Um pouco de ar livre, uma relação com o exterior. Por exemplo, o passeio de Lenz reconstituído por Buchner. É algo muito diferente dos momentos em que Lenz está na casa do seu bom pastor que o obriga a tomar uma posição social em relação ao Deus da religião, em relação ao pai e a mãe. Nas montanhas, pelo contrário, sob a neve, ele está com os outros deuses ou sem deus nenhum, sem família, sem pai nem mãe, com a natureza. “Que quer meu pai? É impossível que ele me possa dar algo melhor. Deixem-me em paz.”Tudo é máquina. Máquinas celestes, as estrelas ou o arco-íris, máquinas alpestres que se ligam com as do seu corpo. Barulho ininterrupto de máquinas. “Pensava que devia ser um sentimento de um infinita beatitude o ser tocado pela vida profunda de qualquer forma, ter uma alma para as pedras, os metais, a água e as plantas, acolher em si todos os objetos da natureza, sonhadoramente, como as flores absorvem o ar com o crescimento e o minguar da lua.” Ser uma máquina clorofílica ou de fotossíntese, ou pelo menos, fazer do corpo uma peça de tais máquinas.

Há por todo o lado máquinas produtoras ou desejantes, máquinas esquizofrênicas, toda a vida genérica: eu e não-eu, exterior e interior, já nada querem dizer.

Debaixo da pelo o corpo é uma fábrica a ferver,
e por fora,
o doente brilha,
reluz,
com todos os poros,
estilhaçados. (Artaud)

As máquinas desejantes são máquinas binárias, de regra binária ou regime associativo; uma máquina está sempre ligada a outra. A síntese produtiva, a produção de produção, tem uma forma conectiva: “e “, “e depois”... É que há sempre uma máquina produtora de um fluxo e uma outra que se lhe une, relizando um corte, uma extração de fluxos (o seio/a boca). E como a primeira, por sua vez, está ligada a outra relativamente à qual se comporta como corte ou estração, a série binária é linear em todas as direções. O desejo faz constantemente a ligação de fluxos contínuos e de objectos parciais essencialmente fragmentários e fragmentados. O desejo faz correr, corre e corta.

A ligação da síntese conectiva, objeto parcial-fluxo, tem, portanto, uma outra forma: a do produto-produzir. O produzir está sempre inserido no produto – é por esta razão que a produção desejante é produção de produçào, tal como qualquer máquina é máquina de máquina.

O esquizofrênico é o produtor universal. Não se pode destinguir o produzir e o seu produto; ou pelo menos, o objeto produzido leva o seu aqui para um novo produzir.

Produzir, produto, identidade produzir-produto...é esta identidade que constitui um terceiro termo na série linear: enorme objeto não diferenciado. Tudo pára um momento, tudo se cristaliza (depois, tudo recomeçará). De certo modo, seria melhor que nada andasse, que nada funcionasse. Não ter nacido, sair da roda dos nascimentos, sem boca para mamar, sem ânus para cagar. Estarão as máquinas suficientemente avariadas para se entregarem e nos entregarem ao nada? Dir-se-ia que os fluxos estão ainda demasiado ligados, que os objetos parciais são ainda demaiado orgânicos. Mas um puro fluido em estado livre e sem cortes, deslizando sobre um corpo pleno. As máquinas desejantes fazem de nós um organismo: mas no seio desta produção, na sua própria produção, o corpo sofre por estar assim organizado, por não ter outra organização ou organização nenhuma. “Uma paragem incompreensível”a meio do processo, como terceiro tempo: “Sem boca. Sem língua. Sem dentes. Sem laringe. Sem esófago. Sem estômago. Sem ventre. Sem ânus. O corpo pleno sem órgãos é o improdutivo, o estéril, o inengendrado, o inconsumível. Antonin Artraud descobriu-o, precisamente onde ele se encontrava, sem forma nem figura.

O esquizo dispõe de modos muito próprios de referência, pois dispõe de um código de registro particular que não coincide com o código social ou que só coincide com ele para o parodiar. O código delirante ou desejante apresenta uma fluidez extraordinária. Dir-se-ia que o esquizofrênico passa de um código a outro, que baralha todos os códigos, num deslizar veloz, conforme as questões que lhe são postas, não dando nunca duas vezes seguidas a mesma explicação, não invocando nunca a mesma genealogia, não registrando nunca do mesmo modo o mesmo acontecimento, e aceitando até, quando lho impõem e não está irritado, o banal código edipiano, pronto a entulhá-lo como todas as disjunções de cuja exclusão se encarrega esse código. Os desenhos de Adolf Wolfi são relógios, turbinas, dínamos, máquinas-celestes, máquinas-casas, etc. E a sua produção faz-se conectivamente, dos bordos para o centro, por camadas ou setores sucessivos. Mas as “explicações”que ele lhes junta e que modifica quando lhe apetece, recorrem a séries genealógicas que constituem o registro do desenho. Mais, o registro rebate-se sobre o prórpio desenho, por meio de linhas de “catástrofe”ou de “queda”que são outras tantas disjunções rodeadas de espirais. O esquizo consegue segurar-se no seus pés sempre vacilantes, pela simples razão de que é a mesma coisa de todos os lados, em todas as disjunções. E que, por mais que as máquinas-orgãos se agarrem sobre o corpo sem órgãos, este não passa a ter órgãos, nem volta a ser um organismo no sentido usual da palavra. Conserva o seu caráter fluido e deslizante. É assim que os agentes de produção colocam sobre o corpo de Schreber, se suspedem nele, tal como os raios do céu que ele atrai e que contêm milhares de pequenos espermatozóides. Raios, aves, vozes, nervos, estabelecem relações permutáveis de genealogia complexa com Deus, com as formas divididas de Deus. Mas é no corpo sem órgãos que tudo se passa e se registra: as cópulas dos agentes, as divisões de Deus, as genealogias esqudriantes e as suas permutações. Está tudo sobre esse corpo incriado, como os piolhos na juba do leão.

(Trechos de: O Anti-Édipo – Gilles Deleuze e Felix Guattari)

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lundi 20 octobre 2008

Reflexão após ver o filme japonês ''BARAKA''

por: Tania Montandon




trailer do filme (2 minutos)

O filme transmite idéias sobre o que acontece em todo o mundo, a diversidade de raças, crenças, comportamentos, culturas em geral. Mostra aspectos existentess no islamismo, no budismo, no cristianismo e no judaísmo. Há a presença dos quatro elementos básicos da Terra: fogo, ar, terra e água.

Percebe-se a evolução do ser humano, a criação da cidade grande, acarretando uma sociedade cada vez mais competitiva. Há várias contradições relativas ao desenvolvimento da inteligência humana, vista que o homem torna-se capaz de produzir obras fantásticas, contudo ignora graves problemas ecológicos, a fome, a luta pela sobrevivência...

Como exemplo, uma árvore que leva cerca de cem anos para se desenvolver é destruída em um minuto pela serra elétrica. O ser humano abusa de seu poder natural destruindo inconsequentemente a Natureza.

É no mínimo curioso como uma espécie tão dotada de inteligência divide restos de alimentos de um lixão com vira-latas e ratos.

No Japão, a mentalidade obsessiva por trabalho e progressos tecnológicos mecanizam as pessoas e reprimem suas emoções, justificando talvez seu maior índice mundial de suicídios.

O progresso é importante e fundamental para o desenvolvimento e satisfação dos indivíduos, pois estes estão sempre em busca de algo mais para melhorar sua qualidade de vida, para ter um sentido pra prosseguir, criar, procriar. No entanto, além de criar é mister preservar as riquezas naturais e ficar alerta para que não acabem ou o processo de evolução sucumbirá.

vendredi 10 octobre 2008

La falta de sentido en el Psicoanálisis

Lacan dizia, em 1949, que a loucura seria algo vivido inteiramente no registro do sentido - definição feita a partir do delírio, que seria uma reconstituição do sentido perdido pelo sujeito lá onde ocorreu uma dissolução imaginária do mundo. Para Freud, isso ocorria quando o enfermo retira das pessoas e do mundo externo todo seu investimento libidinal(de energia), fazendo com que tudo se torne indiferente e como se não houvesse relação alguma com ele- o delirante, eis porque ele sente esta necessidade urgente(tentativa de cura) de explicar para si o universo- aqui começa a elaboração do delírio.

Esse trabalho de explicação do universo é o único meio pelo qual o sujeito pode voltar a encontrar sentido pra sua vida. Sentido esse que está fora daquele entendido pela norma simbólica do Complexo de Édipo, norma que rege a busca do sentido nos neuróticos, ligada à sexualidade basicamente.

O sentido seria a "categoria do imaginário que responde ao significante que é do registro simbólico. O efeito de sentido é produzido pela fixação de um significante a um significado."(Quinet) Quando pego um objeto e o nomeio, construo uma representação desse objeto na minha mente( o objeto seria mais ou menos o significante, enquanto a representação que construo a partir dele seria o significado, por exemplo). Assim, quando me deparo com o nome 'objeto' novamente, imediatamente o associo àquele objeto. Essa representação imediata do objeto é o que Kant chama de intuição.

Os fenômenos de sentido se apóiam na função simbólica da linguagem e essa divisão entre significante e significado é o que se usa pra tentar explicar a psicose pela ótica lacaniana. Na neurose, a intervenção da funçao paterna e introjeção da consciência moral e da "lei que proíbe o incesto" possibilita que o sujeito produza uma significação da sexualidade(diferente de sexual, mais no sentido de energia, interesse) e seus investimentos que o guiarão em seu desenvolvimento e suas buscas até a idade adulta.

Já na psicose, esse processo falha e o sujeito não consegue articular essa simbolização. Então encontramos na psicose as construções produzidas por essa falha, o inconsciente fica como a céu aberto e há prevalência do significante. Entre essas construções estão a alucinação verbal(há o modelo do significante desprovido de significado, de sentido inteligível pela sociedade) como os pássaros miraculados de Schreber que não conhecem o sentido das palavras que enunciam; também os fenômenos da alusão, da perplexidade e da intuição - formas que o sujeito tenta trazer de volta ao Real os significantes a que não conseguiu atribuir significado, sentido, não conseguiu simbolizar. Seria o delírio, como formação imaginária, que traria sentido(ainda que não entendido pela sociedade) aos significantes que forçam sua volta ao Real.

"O sentido de um sintoma na neurose como na psicose não é um sentido comum - não há senso comum para o sintoma - ele é sempre singular. Por isso a psicanálise é o avesso do discurso do mestre que produz o senso comum, o sentido partilhado. A psicanálise deve levar o sujeito a produzir seu proprio sentido que não é comum. Se o sentido é imaginário, o imaginário não é pura imaginação, o imaginário dá consistência ao Real. O imaginário dá o efeito de sentido exigido pelo discurso analítico: efeito real."
(Quinet, in: Teoria e Clínica da Psicose)

O sentido se opõe ao equívoco, pois é sempre unívoco, singular, caracteristica do imaginário que detém a ambiguidade enigmatica do significante que retorna ao Real através dos fenômenos psicóticos.

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lundi 6 octobre 2008

Niños de la Guerra


"Millones de niños están en crisis, sufriendo el dolor y el trauma provocados por múltiples circunstancias que van más allá de su propio control: guerras, abusos en el hogar, pobreza, abandono, SIDA, explotación sexual, la obligación de vivir en las calles de ciudades llenas de peligros, jornadas de trabajo interminables, duros empleos donde les explotan o simplemente haber nacido siendo niña.



¿Forzados o Voluntarios?

Solos, huérfanos, asustados, aburridos y frustrados, los niños siempre prefieren pelear. Cuando los colegios están cerrados y las familias están rotas, pocas influencias pueden competir con la vida de un guerrero. Los niños incluso se ven a sí mismos luchando por la justicia social, por creencias religiosas o por identidad cultural. En términos más personales, pueden incluso buscar vengarse por la muerte de sus padres, hermanos o hermanas. Otros, como Junior, cuya historia hemos leído anteriormente, son secuestrados en sus pueblos y son forzados a luchar. A algunos se les obliga a testificar o tomar parte en la tortura o ejecución de sus propios familiares. Tras una experiencia tan horrible, acaban tan traumatizados que pueden ser persuadidos para hacer cualquier cosa. Por este motivo a menudo los niños son conducidos a pueblos cercanos donde ellos tendrán que repetir el mismo ejercicio.


Las obligaciones de los niños soldados

Sus obligaciones cubren todo tipo de actividades militares. En los momentos de relativa calma, puede que no tengan mejor cosa que hacer que cocinar o traer agua. Al ser pequeños y no levantar sospechas, los niños también tienen un valor especial como mensajeros o espías. Algunos soldados adultos sostienen que el acto de matar causa menos remordimientos a los niños que a los adultos. En consecuencia, los niños a veces no sólo sirven para matar sino para deshacerse de los cadáveres—enterrándolos en fosas o echándolos a los ríos. Y, mientras los niños debieran ser considerados como aquellos que más protección necesitan, como soldados, se les considera a menudo sin valor. En la guerra de Irán/Irak, por ejemplo, los niños soldados eran enviados a la cabeza del frente sobre los campos de minas.


¿Qué pierden los niños en las guerras?

  • Sus familias y hogares
  • Sus amigos y otras figuras importantes de afecto
  • Su infancia
  • Su integridad física
  • Desarrollo moral
  • Su inocencia y sus creencias
  • La escolarización
  • Las necesidades básicas
  • Su identidad, estatus, autoestima
  • La confianza

¿Qué efecto causa la guerra en los niños?

  • Llevan la carga del conocimiento del dolor y la violencia.
  • Están preocupados e inseguros.
  • No quieren confiar en la gente, ni siquiera en los que les quieren ayudar.
  • Tienen una salud precaria y están desanimados.
  • No muestran interés por nada y les cuesta aprender.
  • Se enfadan con facilidad, están cansados, son hiperactivos o se comportan de forma impredecible

Violencia sexual en la guerra

La violencia sexual es particularlmente común en conflictos étnicos. Las niñas son especialmente vulnerables a violencia sexual, abuso, explotación y estigmatización durante y después de situaciones de conflicto. 80% de las muertes en guerras han sido mujeres y niños.

La evolución desde la superioridad étnica a la limpieza étnica y, como consecuencia, al genocidio, puede convertirse en un proceso irresistible. Entonces, matar a los adultos ya no es suficiente; las generaciones futuras del enemigo—sus hijos—deben ser también eliminadas.

Las minas

Los niños de al menos 68 países están amenazados hoy en día por lo que puede ser la mayor contaminación tóxica que ha enfrentado la humanidad— la contaminación de las minas del terreno donde viven. Más de 110 millones de minas terrestres de varios tipos, más millones más bombas sin detonarse aún, proyectiles y grenadas, permanecen ocultas alrededor del mundo, esperando ser accionadas por algún inocente sin sospecharlo, dice el reporte.

De todas las armas que se han acumulado tras los años de guerra, pocas son más peristentes y letales para los niños que las minas terrestres. Cientos de miles de niños, manadas de animales, plantadores de tierras o alguno jugando, han sido asesinados o mutilados por estos aparatos mortíferos".


Referencias:

1 Sanando a los niños de la Guerra, Phyllis Kilbourn, MARC Publicaciones, 1995
2 Crisis Care Curriculum (Ofrece sanidad y esperanza para los niños en crisis), Phyllis Kilbourn
3 El Estado de los Niños del Mundo, UNICEF, 2005
4 ibid
5 Sanando a los niños de la Guerra, Phyllis Kilbourn, MARC Publicaciones, 1995
6 ibid
7 UNICEF,
8
The Millenium, United Nations Cyber School Bus
9 ibid
10 Sanando a los niños de la Guerra, Phyllis Kilbourn, MARC Publicaciones, 1995
11 ibid.
12 El Estado de los Niños del Mundo, UNICEF, 2005
13 Sanando a los niños de la Guerra, Phyllis Kilbourn, MARC Publicaciones, 1995
14 Estrategia de acción de minas: 2002-2005, UNICEF.


lundi 15 septembre 2008

sabotaje de la mente

Delírio onírico:

Caracteriza-se por visões mentais como as imagens que se tem no sonho, porém a pessoa não está dormindo. São alucinações principalmente visuais terroríficas e ameaçadoras. A pessoa pode ficar agitada e começa a agir como se as visões fossem reais. É um tipo de obnubilação da consciência moderada. Causas: febre, anorexia...


Esquizofrenia:

A psicose esquizofrênica instala-se geralmente numa idade jovem - por volta de quinze a trinta e cinco anos - através de um corte, uma ruptura na continuidade histórico-vital do sujeito. Depois que o corte ocorre, a personalidade do indivíduo sofre transformações irreversíveis e passa a apresentar características inexistentes antes da ruptura. A doença é incompreensível psicologicamente, não possui um motivo evidente, e inexplicável objetivamente. Apresenta uma evolução processual, lenta e crônica. Podem acontecer surtos, uma agudização da doença em que as funções psíquicas ficam mais desorganizadas. Depois a personalidade pode estabilizar-se novamente. A doença é caracterizada pela presença dos fenômenos elementares - delírios(distúrbios do pensamento e do juízo da realidade) e alucinações(distúrbios da percepção). Há alterações da consciência do eu corporal.


Despersonalização psicótica:

É quando a pessoa perde a consciência de si. Passa a não estar mais ciente de sua existência particular, percebe seus pensamentos como estranhos a si mesma, pensa que pode ser influenciada por forças externas, ondas, o que interfere em seu comportamento. As funções psíquicas ficam comprometidas: o indivíduo perde a consciência da atividade do eu, não percebe os pensamentos e sentimentos como emanando de si; perde a consciência da identidade do eu, não se reconhecendo mais como a mesma pessoa; pode perder a consciência da unidade do eu, achando que possui mais de uma personalidade, mas não reconhece a personalidade original.

mardi 5 août 2008

Acerca de "Un amor conquistado" por Elizabeth Badinter


O estudo do livro foi de grande auxílio ao meu aprendizado, pois me forneceu conhecimentos sob uma percepção e linha de raciocínio que até então não me era acessível.

A autora considera o amor materno um mito e mostra justificativas racionais para o comportamento das pessoas ao longo da história. É uma visão científica da evolução dos laços familiares, baseando-se em ampla pesquisa e conhecimento de causa. Há uma desnaturalização dos fatos.

A concepção de mãe não é propriedade de uma mulher. Ser mãe é um desejo da mulher como sujeito. A mãe é uma personagem relativa e tridimensional que só existe na relação. Relação de esposa com o homem, de mãe com a criança e de mulher com ela mesma. A família é uma instituição social, não um fato exclusivamente de mulher. A regência da família pela sociedade se sobrepõe sobre a vivência subjetiva. A convivência é o que mais importa para o conhecimento de censo comum.

Em ciência, é preciso indicar o real: criar filhos dá trabalho. O tratamento dado ao filho depende do desejo da mulher de ser mãe. Torna-se fundamental notar a diferença entre o criar e o amar. Também é mister analisar o significado de ser mãe para a mulher dentro da sociedade e ao longo de toda a história, assim como a influência que a natureza fora da mulher tem sobre sua mente. O homem idealiza a mulher e exerce sobre ela uma pressão. O corpo de mulher e sua capacidade de conceber uma criança foi a natureza que lhe deu, mas sua mente e sua feminilidade psicológica foi formada a partir de eventos ambientais-sociais.

A pesquisa da autora nessa área ofereceu grande contribuição para a psicologia da mulher, para a compreensão de seu desenvolvimento mental, o entendimento de como os sentimentos sofrem transformações do período feudal para o atual como, por exemplo, a transição do que causava vergonha e passou a causar culpa. Pra quem não leu, fica a dica do livro.


samedi 19 juillet 2008

el poder y el mal de la humanidad

Foucault muestra la necesidad de una interpretación sobre el papel de las humanidades en la modernidad, señalando los cambios experimentados por las sociedades modernas para precedentes.

Se centra en la genealogía del poder, buscando conocer sus orígenes, que son místicos y se desdobram hasta que alcancen el hecho. El poder no es sólo de este presidente, el profesor, en el Papa ... también está en capilar entre hombres y mujeres, adultos y niños ... El poder de la vida es un ejercicio que se produce en las relaciones, una calle de doble vía que va junto con la empresa. Esto que es los individuos, los gestos, los deseos, es cómo ser un efecto del poder y, al mismo tiempo, su centro de transmisión.

Para pensar el contexto de las cárceles en el siglo XVIII, la enclausuramento de locura, como un acto de poder y no de conocimiento, Foucault se abre una arqueología del saber, enterra la razón en el suelo de la desrazóno, dando voz al silencio que confiere a una locura.

En las sociedades primitivas, el poder se basó en su soberano-súdito, con control a través de la prohibición y el castigo. De manera más moderna, se basa más en cuestiones disciplinarias, en menos de la represión y por instinto y más estímulos.

Los valores contemporáneos el cuerpo y sus actos, contrastando la recuperación de la tierra y sus productos como antes, destacan a sí mismo en el cuerpo como el diseño estético del poder. Domina la emoción, más de la prohibición. Es individualizante y regula el tiempo, obrando en la red de dispositivos de propagación con la intención de producir útiles y dóciles órganos. Utilice el individuo desea, el fomento y la manipulación que tiene por objeto preservar la jerarquía de poder.

La genealogía está detrás de las fuentes y el conocimiento. El enclausuramento de locos permite a los psiquiatras comprender algo de la locura, los conocimientos producidos. El poder tiene el saber. La producción de conocimiento es para hacer frente a lo desconocido, los sin explotar.

Foucault cree que el pedigrí de la lucha contra la ciencia por no proponer construir una teoría sistémática de poder, sino un análisis que permita una política de resistencia y de lucha contra las formas hegemónicas de dominación. Apuesta una ineludible relación entre poder y conocimiento. La genealogía contria no una ciencia en sí misma, sino la función social de ejercer el poder. Denuncia el conocimiento como parte de la acción política y también produce saber, se convierte en efecto del ejercicio. Sí, una contradicción, no hay neutrales saben, siempre es político, incluido el producido por el ejercicio de la genealogía.

No se trata de un punto de vista teórico la hegemonía, se hace hincapié en la eficacia ofensiva de los entes locales y discontinuo, como los anti-manicomial. Es el reconocimiento del patrimonio histórico y carácter cambiante de los temas y saber acerca de ellos.

El universo psi sirve como productor y modelador, un tipo de subjetividad disciplinaria de la propia sociedad, a través de un discurso sobre la verdad de la normalidad. El individuo, el comportamiento, los aspectos emocionales, psicológicos, el inconsciente son objetos de investigaçãoo y constituyen el saber psi un instrumento dócil para el ejercicio de la disciplina. Esto es verificable señalando que las conclusiones fortalecen la demanda de especialistas en mucho más que el aumento de la salud mental de la población.

Foucault enseña que el conocimiento no debe disociarse de la política, porque no se puede desconciderar los problemas sociales, políticos, económicos y culturales que cruzan el conocimiento y la práctica de campo psi, y todas las reformas y los cambios requieren un choque de fuerzas, con acciones y la resistencia.

Ciência x sabedoria

Saber em forma x saber disforme

Saber em letras x saber em atos

Saber provado x saber ousado

Saber elite x saber humilde

Saber fetiche x saber efetivo

Saber objetivo x saber subjetivo

Saber limite x saber palpite


*esse texto em português : >> aqui (clique)<<


lundi 30 juin 2008

Desperta, Brasil!


El uso y trafico de cocaína y marihuana en Brasil ha aumentado considerablement en los últimos años, muestra investigaciones realizadas con personas de entre 12 y 65 años de edad. Pierde sólo para los Estados Unidos. Esta nueva generación del caós que está pendiente en el medio de la generacíon de ultra-conservador y la de ultra-liberal no tiene referencias a su apoyo y a su desarrollo. Los jóvenes encuentram refugio en las drogas cuando se enfrentan con los problemas inevitables de la vida cotidiana.

La cultura del 'fast-todo' tiene su fuerte participación en este proceso, cuando el valor está en la velocidad y efemeridad en todos los sectores de la vida. Fast-food, Fast-information, Fast-solution és el trípode que sostien el fenómeno de cambio en el metabolismo humano, cada vez más exigente de más eficiencia, más sintese, menos dormir, más ansiedad, más angústia y el vacío.

Estamos de acuerdo que en términos, las drogas son muy eficientes en una velocidad invencible de doner un bienestar muy ligero. Pensa conmígo: las indústrias farmaceutica buscan con las investigaciones a obtener el produto más eficiente, con la major velocidade de efecto, una baja toxicidad, una rapida eliminación y los bajos costos. Pero la sociedad moderno y imediatista no és acostumbrada a pensar en los otros aspectos bien que la eficiencia y la velocidad. En estos dos, las drogas gañam de los medicamentos, pero pierden muy luejos en los otros.

Un joven voy poner un final en su angustia y el no voy esperar hacer una programación con medicos y remedios a medio periodo. Po tanto il va en busca de la droga. Este és uno puento de la question. Un otro seía que buscar ayuda es para el como una debilidad.

Páro aquí para te doner la oportunidad de pensar también en los otros aspectos y criticar estos. ^^
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mercredi 11 juin 2008

En Brasil mueren más personas al día por la violencia que en Irak y Colombia

"Me encuentro con Rubem Cesar, director de la ONG Viva Rio, que lleva años luchando para tratar de frenar la violencia en Brasil.

Los datos que me pasa, de un informe parlamentario sobre el tráfico de armas y sus consecuencias, con fecha 27 de noviembre de 2006, son terroríficos: "En Brasil muere una media de 100 personas al día, lo que convierte al país en el campeón mundial en número absoluto de muertes de esta naturaleza, superando a países en conflicto como Irak, Israel/Palestina y Colombia". *

La falta de control y sobredimensión del mercado de las armas tiene una relación directa con la violencia. En Brasil hay 17 millones de armas, de las que el 90% están en manos de civiles. El 50% de estas son ilícitas, osea, que no están registradas. Se calcula que los delincuentes en Brasil manejan un volumen de cuatro millones de armas."
http://blogs.20minutos.es/ Hernán Zin
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Brasil: violencia en Río de Janeiro http://news.bbc.co.uk

Las autoridades de Río de Janeiro dijeron haber hallado siete cadáveres calcinados, probablemente a consecuencia de enfrentamientos entre pandillas rivales.

"Los cuerpos totalmente quemados fueron hallados en una barriada popular o "favela" conocida como Morro da Mineira.

Según las autoridades, los hallazgos se dieron luego que una banda de narcotraficantes invadió el lugar el fin de semana para apoderarse de los puntos de venta de drogas de una banda rival.

Río de Janeiro tiene una de las tasas de homicidios más altas del mundo, principalmente por muertes violentas en las favelas.

La policía ingresó a la favela de Morro da Mineira, en Río de Janeiro

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Violencia en Brasil

Jueves 3 de mayo de 2007 http://www.lanacion.com.ar/
''Las calles de algunas de las principales ciudades de Brasil han sido escenario en los últimos días de movilizaciones populares en reclamo de mayor seguridad y contención de la ola de violencia urbana. El clamor popular se concentró en San Pablo, donde se produjeron audaces ataques organizados por la mafia; Río de Janeiro, donde el narcotráfico ha crecido de manera significativa, y en Minas Gerais, Espíritu Santo, Goiás, y Sergipe, donde la violencia las azota por igual.''
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• En tiempos de violencia, Brasil está entre los mayores fabricantes de armas del mundo

Agência Noticias do Planalto

http://www.noticiasdelsur.com/

''Brasil es uno de los mayores fabricantes de armas de pequeño porte del mundo. El dato fue divulgado por el grupo de pesquisas suizo “Small Army Survey” del Instituto de Estudios Internacionales de Ginebra. Entre 2002 y 2006, Brasil fue responsable por la producción de una cantidad de armas cinco veces mayor que la que fue recogida durante la campaña del desarme, entre 2004 y 2005. Al lado del Brasil figuran países como China, Rusia, Alemania, Bélgica y Estados Unidos.'' ~
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Brasil: Mujeres pobres, víctimas ocultas de la violencia urbana

"Las mujeres de las favelas de Brasil viven una realidad catastrófica, víctimas de la violencia criminal y policial que asola sus comunidades.

El Estado brilla por su ausencia en las comunidades marginadas y en muchos casos sólo aparece en las incursiones policiales militarizadas que se producen esporádicamente.

La policía suele someter a las mujeres a cacheos ilegales, a un lenguaje insultante y discriminatorio y a intimidaciones."

http://www.es.amnesty.org/campanas/no-mas-violencia-contra-las-mujeres/

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Causas da Violência no Brasil

hipóteses:
. http://www.renascebrasil.com.br/f_violencia.htm
. http://www.renascebrasil.com.br/a_raizpro.htm
. http://www.renascebrasil.com.br/f_drogas.htm

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mercredi 21 mai 2008

Pablo Neruda

El abandonado

"No preguntó por ti ningún día, salido
de los dientes del alba, del estertor nacido,
no buscó tu coraza, tu piel, tu continente
para lavar tus pies, tu salud, tu destreza
un día de racimos indicados?
No nació para ti solo,
para ti sola, para ti la campana
con sus graves circuitos de primavera azul:
lo extenso de los gritos del mundo, el desarrollo
de los gérmenes fríos que tiemblan en la tierra, el silencio
de la nave en la noche, todo lo que vivió lleno de párpados
para desfallecer y derramar?
Te pregunto:
a nadie, a ti, a lo que eres, a tu pared, al viento
si en el agua del río ves a ti corriendo
una rosa magnánima de canto y transparencia,
o si en la desbocada primavera agredida
por el primer temblor de las cuerdas humanas
cuando canta el cuartel a la luz de la luna
invadiendo la sombra del cerezo salvaje,
no has visto la guitarra que te era destinada,
y la cadera ciega que quería besarte?
Yo no sé: yo sólo sufro de no saber quién eres
y de tener la sílaba guardada por tu boca,
de detener los días más altos y enterrarlos
en el bosque, bajo las hojas ásperas y mojadas,
a veces, resguardado bajo el ciclón, sacudido
por los más asustados árboles, por el pecho
horadado de las tierras profundas, entumecido
por los últimos clavos boreales, estoy
cavando más allá de los ojos humanos,
más allá de las uñas del tigre, lo que a mis brazos llega
para ser repartido más allá de los días glaciales.
Te busco, busco tu efigie entre las medallas
que el cielo gris modela y abandona,
no sé quién eres pero tanto te debo
que la tierra está llena de mi tesoro amargo.
Qué sal, qué geografía, qué piedra no levanta
su estandarte secreto de lo que resguardaba?
Qué hoja al caer no fue para mí un libro largo
de palabras por alguien dirigidas y amadas?
Bajo qué mueble oscuro no escondí los más dulces
suspiros enterrados que buscaban señales
y sílabas que a nadie pertenecieron?
Eres, eres tal vez, el hombre o la mujer
o la ternura que no descifró nada.
O tal vez no apretaste el firmamento oscuro
de los seres, la estrella palpitante, tal vez
al pisar no sabías que de la tierra ciega
emana el día ardiente de pasos que te buscan.
Pero nos hallaremos inermes, apretados
entre los dones mudos de la tierra final."
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