vendredi 9 janvier 2009

Claude Lévi-Strauss


Viagens ao Brasil central, relatadas em Tristes Trópicos, deram fama a Claude Lévi-Strauss

Antropólogo francês, nascido na Bélgica

28/11/1908, Bruxelas, Bélgica.
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u642.jhtm



"Um dos grandes pensadores do século 20, Lévi-Strauss tornou-se conhecido na França, onde seus estudos foram fundamentais para o desenvolvimento da antropologia. Filho de um artista e membro de uma família judia francesa intelectual, estudou na Universidade de Paris.

De início, cursou leis e filosofia, mas descobriu na etnologia sua verdadeira paixão. No Brasil, lecionou sociologia na recém-fundada Universidade de São Paulo, de 1935 a 1939, e fez várias expedições ao Brasil central. É o registro dessas viagens, publicado no livro "Tristes Trópicos" (1955) que lhe trará a fama. Nessa obra ele conta como sua vocação de antropólogo nasceu durante as viagens ao interior do Brasil.

Exilado nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), foi professor nesse país nos anos 1950. Na França, continuou sua carreira acadêmica, fazendo parte do círculo intelectual de Jean Paul Sartre (1905-1980), e assumiu, em 1959, o departamento de Antropologia Social no College de France, onde ficou até se aposentar, em 1982.

O estudioso jamais aceitou a visão histórica da civilização ocidental como privilegiada e única. Sempre enfatizou que a mente selvagem é igual à civilizada. Sua crença de que as características humanas são as mesmas em toda parte surgiu nas incontáveis viagens que fez ao Brasil e nas visitas a tribos de índígenas das Américas do Sul e do Norte.

O antropólogo passou mais da metade de sua vida estudando o comportamento dos índios americanos. O método usado por ele para estudar a organização social dessas tribos chama-se estruturalismo. "Estruturalismo", diz Lévi-Strauss, "é a procura por harmonias inovadoras".

Suas pesquisas, iniciadas a partir de premissas lingüísticas, deram à ciência contemporânea a teoria de como a mente humana trabalha. O indivíduo passa do estado natural ao cultural enquanto usa a linguagem, aprende a cozinhar, produz objetos etc. Nessa passagem, o homem obedece a leis que ele não criou: elas pertencem a um mecanismo do cérebro. Escreveu, em "O Pensamento Selvagem", que a língua é uma razão que tem suas razões - e estas são desconhecidas pelo ser humano.

Lévi-Strauss não vê o ser humano como um habitante privilegiado do universo, mas como uma espécie passageira que deixará apenas alguns traços de sua existência quando estiver extinta.

Membro da Academia de Ciências Francesa (1973), integra também muitas academias científicas, em especial européias e norte-americanas. Também é doutor honoris causa das universidades de Bruxelas, Oxford, Chicago, Stirling, Upsala, Montréal, México, Québec, Zaïre, Visva Bharati, Yale, Harvard, Johns Hopkins e Columbia, entre outras.

Aos 97 anos, em 2005, recebeu o 17o Prêmio Internacional Catalunha, na Espanha. Declarou na ocasião: "Fico emocionado, porque estou na idade em que não se recebem nem se dão prêmios, pois sou muito velho para fazer parte de um corpo de jurados. Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele - isso é algo que sempre deveríamos ter presente". Atualmente, mora em Paris."

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Lévi-Strauss, no terceiro tomo das "Mitológicas" - lógica dos mitos - elogia a filosofia moral dos ameríndios, diferente qualitativamente da moral ocidental contemporânea. Nossa filosofia moral desconsidera a relação dos homens com os outros seres vivos e com o mundo numa certa arrogância antropológica, como se fosse possível viver isolado da natureza. Conforme o etnólogo, os ameríndios mostram saber manter meolhor a relação equilibrada - nem próximo demais nem afastado demais - com o cosmos, num equilibrio q se exprime na organização dos ciclos, no cuidado com as estações, na sabedoria de fazer conviver os ritmos fisiologicos com a culinária.

O antropólogo percebe q o Islã funcionou como uma barreira de impedimento do encontro entre o budismo e o cristianismo.

"O budismo é a malha que falta na cadeia de nossa história: é o primeiro nó e o ultimo nó: nó q ao se desfazer desfaz a cadeia. A afirmação do sentido da historia culmina fatalmente em uma negação do sentido: entre a critica marxista q libera o homem de suas primeiras cadeias e a critica budista q consuma a sua liberação, não háoposição nem contradição."
(Otávio Paz In: 'Claude Lévi-Strauss ou o novo festim de Esopo')

O desconhecimento da herança budista no Ocidente ajudou no afundamento deste em seu sonho de poder, tão improvavel q pode levá-lo ao auto-destruição.

O mundo existia antes do homem e continuará existindo. LS tem uma visão desencantada sobre a perspectiva futura. Critico do progresso, o etnologo foi ao Novo Mundo para descobrir na raiz o que o Velho Mundo está tendo que digerir com melancolia, segundo ele. A idade de ouro nao esta na cultura nem na natureza, mas talvez entre elas. Reconta incansavelmente a historia q foi se compondo atravessando os mitos. Nada de novo. O futuro inscreve-se no passado. Este ponto é importante de ser entendido pra perceber como , nas demandas do futuro, deixa-se entrever o arcaismo mais renitente.

Apesas da vida humana ser breve antropologicamnete, aindavale lutar e dedicar uma vida contra as danações já possiveis de se precaver, como matar a beleza, prostituir o sentido, extirpar a pureza dos elementos. Mas, pra isso, precisa ter juízo e consciencia ampla do todo em que o homem esta inserido.




1 commentaire:

admin a dit…

bem politico seu blog...rs
precisamos de coisas serias!




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